Arrumo a minha trouxa de bicuatas
E me mando para dentro de mim;
Quanto mais penso, mais ela pesa;
Tanto mais vivo... mais perto do fim
Desalojo as cobras da cachimônia
Mas os grilos insistem em se alojar;
Se eu não parar de falar comigo mesmo,
Não sei me dizer aonde vou parar
Mais que uma tonelada na cabeça
Pesa a faculdade que me tortura o juízo:
Tenho alguma coisa a ver com a vida alheia
E deixo de fazer algo que seja preciso?
Desvio o olhar - finjo que que não vejo;
Fecho os olhos - rasgo o peito - e entro;
Mas é a mesma cena por todos os lados,
Ela me persegue por fora e por dentro:
O kandengue dobrado, em feto, ao relento,
Gravidez de uma sociedade que o chuta,
É um aborto abandonado no acostamento
Ao desdem de uma patria prostituta
O tapete vermelho de sonhos e trofeus
É um baton no semblante da filantropia:
Por baixo esconde-se o funguto do sistema,
Por cima desfila-se o perfume da hipocrisia
Uma retorica musicada em nome de Deus
É a dissonância belica em muitos templos;
O som que parece angelico suscita maldições
O pendão que se alça traz nodoas de exemplos
O camarada entregue as drogas do destino
Busca o ecstasy da vidano crack da noia,
Um alucinogeno correndo nas veias da urbe
Sem esperança de achar na sargeta uma tipoia
E a senhora postada no vertice das avenidas
Chocalhoando a alma a espera de merrecas,
Ao compasso do chocalho que a penuria lhe impõe
Mas os homens ignoram com as mãos secas...
Tudo. Tudo isso é muito pra minha cabeça!
Preciso me afastar da linha do precipicio;
Recolho a minha trouxa, bicuata por bicuata,
E me mando pra bem longe desse hospicio
É escusado desviar o olhar - fingir não ver;
É a mesma cena por todos os lados - um pesadelo!
Quanto mais penso, mais grilos na cachimonia;
Tanto mais vivo, mais escuto o mesmo apelo:
Deixe de tentar entender
O coração humano;
É melhor desfrutar da vida
Que terminar insano!!!
Talapaxi
Maio/2007
http://talapaxi.blogspot.com
E me mando para dentro de mim;
Quanto mais penso, mais ela pesa;
Tanto mais vivo... mais perto do fim
Desalojo as cobras da cachimônia
Mas os grilos insistem em se alojar;
Se eu não parar de falar comigo mesmo,
Não sei me dizer aonde vou parar
Mais que uma tonelada na cabeça
Pesa a faculdade que me tortura o juízo:
Tenho alguma coisa a ver com a vida alheia
E deixo de fazer algo que seja preciso?
Desvio o olhar - finjo que que não vejo;
Fecho os olhos - rasgo o peito - e entro;
Mas é a mesma cena por todos os lados,
Ela me persegue por fora e por dentro:
O kandengue dobrado, em feto, ao relento,
Gravidez de uma sociedade que o chuta,
É um aborto abandonado no acostamento
Ao desdem de uma patria prostituta
O tapete vermelho de sonhos e trofeus
É um baton no semblante da filantropia:
Por baixo esconde-se o funguto do sistema,
Por cima desfila-se o perfume da hipocrisia
Uma retorica musicada em nome de Deus
É a dissonância belica em muitos templos;
O som que parece angelico suscita maldições
O pendão que se alça traz nodoas de exemplos
O camarada entregue as drogas do destino
Busca o ecstasy da vidano crack da noia,
Um alucinogeno correndo nas veias da urbe
Sem esperança de achar na sargeta uma tipoia
E a senhora postada no vertice das avenidas
Chocalhoando a alma a espera de merrecas,
Ao compasso do chocalho que a penuria lhe impõe
Mas os homens ignoram com as mãos secas...
Tudo. Tudo isso é muito pra minha cabeça!
Preciso me afastar da linha do precipicio;
Recolho a minha trouxa, bicuata por bicuata,
E me mando pra bem longe desse hospicio
É escusado desviar o olhar - fingir não ver;
É a mesma cena por todos os lados - um pesadelo!
Quanto mais penso, mais grilos na cachimonia;
Tanto mais vivo, mais escuto o mesmo apelo:
Deixe de tentar entender
O coração humano;
É melhor desfrutar da vida
Que terminar insano!!!
Talapaxi
Maio/2007
http://talapaxi.blogspot.com
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