domingo, 19 de abril de 2009

LIS DO MEU VALE







Seguindo o mapa do Santo Pergaminho
Encontrei a graça que sempre quis;
No vale do meu lamento achei um lis
Entre os abrolhos espalhados no caminho


Quão tamanha dadiva é esse lirio
No meio do panorama pedregoso que avisto!
Que prazer maior é o do amor conquisto
Quando a vida se impõe diante do delírio!


Sei das quedas e tropeços do meu percurso;
Deixem o meu pranto seguir o seu curso,
Se as petalas desse lis não podem enxuga-lo


Sei que todo o devir pertence ao Criador;
Confio ao Seu milagre o meu martirio sonhador,
Se não fores tu o lirio desse vale sem graça



N. Talapaxi S.
(Salmos de Um Apaixonado)

a sair

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